sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Genteee oh my gosh, perdão por ainda não ter postado é que o meu blog nao quer abrir aqui em casa e eu ti to desesperada, eu to pelo celular e se tiver muitos erros me desculpem mas eu vou fazer o possivel pra mim postar..

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Protected in Paradise


Capítulo 12 - Shouldnt be this way


Candice P.O.V 
O caminho inteiro até a minha casa foi em total silêncio. E era torturante por que agora era como se eu fosse a errada da história, tudo se inverteu e isso é completamente injusto. Se ele não sente absolutamente nada por mim por que é tão errado eu dizer que não sou virgem? E foda-se se isso é mentira ou não, ele não devia ficar assim. Eu estava com raiva, com muita raiva, por que porra eu sou completamente apaixonada por aquele garoto e por mais que eu faça de tudo pra chamar a atenção dele, ele não se importa, ele não liga, ele me vê como uma criança, ele mentiu pra mim e o mais importante, ele é apenas o meu segurança. O portão foi aberto por um dos seguranças assim que chegamos. Justin estacionou o carro da garagem e desceu do mesmo sem dizer uma palavra. Bufei irritada e sai também. Ele abriu a porta de trás e pegou no colo a Stacy que dormia profundamente, ela parecia uma pedra. Aquela cena me fez perguntar a mim mesma se tinha sido assim quando ele me acolheu em sua casa há mais de um mês atrás.
- Meu pai vai me matar. - murmurei seguindo na sua frente para abrir a porta.
- Ele não deveria te matar. - ele já foi caminhando até as escadas e eu fechei a porta, graças a Deus não tinha ninguém na sala.- Mas seria bem legal se ele começasse a te impor limites.
- Pra facilitar o seu trabalho? - provoquei fungando de raiva.
Ele não respondeu, apenas seguiu até o meu quarto, conseguiu abrir a porta sem precisar da minha ajuda. Que eficiente não acha? Justin deitou ela em cima da cama com todo cuidado e cobriu com o edredom tirando alguns fios rebeldes de seu cabelo do olho. Ela logo virou pro lado, acho que nem se um furacão passasse por ali ela conseguiria abrir os olhos. Fiquei observando ele tirar os brincos dela para que não a machucasse durante a noite, me encostei na escrivaninha apoiando minhas duas mãos na mesma. Após fazer aquilo ele caminhou até o banheiro sem dizer uma palavra, ouvi o barulho da água vindo da torneira da pia e alguns segundos depois ele apareceu novamente com as mãos limpas. Dei um passo em sua direção e ele apertou os passos saindo do quarto sem olhar pra mim. Funguei e sai atrás dele, eu sou uma idiota mesmo. Ele estava quase no último degrau da escada quando eu o chamei.
- Justin espera! - pulei três degraus por vez para andar mais rápido, ele se virou apreensivo- Aonde você vai?
- Eu preciso falar com o seu pai.
- Por que? - arqueei uma sobrancelha.
Ele suspirou.
- Não sei se quero continuar com isso. - olhos fixos no chão.
- O que, por que, hãn?  - falei atropelando as palavras.- Com assim?
-Eu já entendi, você não precisa de um segurança, especialmente de alguém como eu. Você sabe muito bem como viver, na boa, você tem ótimos amigos, aliás eles até chegam bêbados em casa, você não precisa de mim Candice.
- As coisas não vão mudar com você falando mal dos meus amigos, da minha prima, da minha vida. Por que você faz isso?
- Eu não estou fazendo nada, eu só não tenho culpa de você ser tão imprudente.
- Só por que eu peguei a merda daquele carro ontem? - balbuciei- Olha aqui, eu tenho 17 anos, não é ilegal, você fala como se eu tivesse apenas cinco.
- Até onde eu sei você não tem licença pra dirigir mas eu não estou falando sobre isso...
- Foda-se essa licença, você acha que eu me importo com isso? Não, eu não me importo, eu sou uma adolescente, eu gosto de quebrar as regras, sinto muito se isso te incomoda.
- Incomoda, incomoda pra caralho Candice! Por que eu sou o seu segurança e isso não facilita nenhum pouco o meu trabalho.
- Tá achando ruim procura outro! - resmunguei cruzando os braços.
- É isso mesmo que eu vou fazer. - falou caminhando até a porta de saída- Já está muito tarde, amanhã venho falar com o seu pai.
- Justin! - sussurrei antes de ele sair, ele se virou segurando a maçaneta da porta, seus olhos pareciam uma colmeia prestes a derramar seu mel - Eu sinto muito.
-Boa noite pequena. - ele forçou um sorriso abaixando o olhar e se foi.
Merda, eu sempre faço tudo errado. Eu não queria que ele fosse, eu não queria ficar longe dele, eu não queria que ele se demitisse, eu não suporto, não suporto ele longe de mim. Isso é tão estranho, tão possessivo. Nunca gostei tanto assim de um garoto, talvez seja por que ele é diferente de tudo que eu já vi. Antigamente eram apenas aquelas paixonites de escola, mas agora, agora é algo mais forte. O que era atração virou uma paixão insana gritando dentro do meu peito, mas o que fazer? Eu ainda estou com raiva. Mas ao mesmo tempo eu não consigo sentir ódio, eu apenas quero ele aqui, pertinho de mim. Ele é a única pessoa que consegue me proteger de mim mesma. Ele é o paraíso, eu preciso dele, eu preciso muito dele. Voltei para o meu quarto e a medida que as lágrimas quentes começavam a descer pelo canto dos meus olhos, eu me sentia mais culpada ainda. Me deitei no lado vazio da cama sem ao menos trocar de roupa, eu só queria dormir e esquecer o quanto eu sou idiota. Seu sorriso, pensei e em seguida fechei os olhos.
***
- STACY PARA COM ISSO PORRA! - gritei perdendo a paciência após ela tacar o travesseiro na minha cara pela terceira vez.
- Nossa como você tá chata, acorda logo, precisa me contar o que aconteceu ontem.
- Você transou com o Noah. - falei sem ânimo algum ainda de olhos fechados.
- Uma novidade, eu quero uma novidade gata.
Dei uma risada e ela tacou o travesseiro de novo.
- NOSSA, VOCÊ É INSUPORTÁVEL! - me sentei encostando as costas na parede fria.
- Anda, me diz, como eu vim parar aqui? O Math trouxe a gente?
- Não. - falei triste ao me lembrar do que tinha acontecido na noite passada.- Foi o Justin.
- Q-que? - gaguejou surpresa.- Tem certeza? O gostoso?
- Sim, o meu segurança, ele ainda é o meu segurança.
- Ué, vocês não tinham terminado, quer dizer,brigado? Você disse que odiava ele.
- Eu não odeio ele. - falei apressadamente- Eu só fiquei com raiva por que ele mentiu pra mim.
- E fez todo aquele drama? - ela riu pelo nariz- Sua cara mesmo.
- Ele que deve me odiar. - estendi o abraço pegando um prendedor em cima da escrivaninha para prender o meu cabelo. - Eu sou muito criança cara.
- Ainda bem que você reconhece. - brincou se levantando da cama.- Que roupa você vai me emprestar? Essa aqui tá só o Álcool.
- Sua bêbada. - falei rindo- Pega qualquer uma.
Mesmo prendendo o cabelo algumas mechas insistiam em cair sobre meus olhos, bufei fazendo elas voarem sobre meu rosto. Era impossível esconder a angustia que havia dentro de mim, eu tinha tanto medo de ele ir embora e nunca mais voltar, tanto medo de não poder vê-lo nunca mais. E eu sei que isso é errado, que ele não sente o mesmo e que eu também não deveria sentir. Mas independente disso eu queria tê-lo por perto, eu queria tanto, tanto. Peguei meu celular que havia escondido de baixo do travesseiro e fiquei olhando uma foto de nós dois que eu tinha tirado em uma das inúmeras festas em que ele foi comigo, quer dizer, ele estava me vigiando né, mas foda-se, ainda assim foram os melhores momentos da minha vida. Suspirei pressionando meus lábios com força e joguei o celular na cama com força. Candice voltou para o quarto com uma mini saia que eu não uso desde os meus 14 anos e uma blusa que parecia um TOP. That's my cousin!
- Querida nem sabia que você tinha essas roupas aqui, nunca vi você usando. - ela se olhava no espelho gostando do que via.- São perfeitas.
- Pode ficar pra você, não serve mais pra mim.
- Tá brincando, elas cabem perfeitamente em você.
- Elas são curtas demais. - falei seria.
- Candice você tá doente? - ela se virou pra mim - Serio, melhor tomar um remedinho.
- Algum problema em eu não querer me vestir como uma vadia?
- HEY! - protestou - O que eu fiz pra você?
- Nada. - funguei.- Você não fez nada.
- Então por que está falando desse jeito comigo?
- Acontece que eu percebi que essa não sou eu, tá bom? Que sai por ai fazendo coisas completamente insanas, que se mete em encrencas, beija um monte de garotos e enche a cara, fica bêbada e depois tem que ser carregada pra casa. Eu só acho que não preciso dessas roupas curtas e de marca, não preciso passar um quilo de maquiagem quando vou sair e nem mesmo contrariar todas as decisões do meu pai. Eu não preciso fazer isso.
- Não precisa? - ela riu debochada se sentando na cama- Candice você acabou de te descrever perfeitamente. Não tenta mudar isso, é assim que você é e pronto.
- Não Stacy, isso é o que eu me tornei e eu não tenho orgulho disso.
- É só uma fase, você só tem 17 anos tá bom? Isso é completamente normal.
- Não, não é normal, a verdade é que... - ela me interrompeu.
- Eu já entendi tudo. - ela fez um gesto com as mãos- Você está tentando parecer madura de novo não é? Como quando conheceu o Justin? Aliás é tudo que você tem feito nesse último mês. - ela bufou- Mas acontece que isso não vai mudar, você não vai mudar e se ele tiver que gostar de você é do jeito que você é.
- Que coisa mais clichê. - resmunguei- Isso não existe, ás vezes precisamos mudar mesmo.
- Ser outra pessoa? Vale a pena fazer isso por um cara que mente pra você? Um cara que é contratado pelo seu pai, se aproxima de você e faz você criar todo um sentimento e tudo isso por trabalho? Eu não sei se vale a pena Candi.
- Engraçado. - falei rindo- Esse mesmo cara que você descreveu é o cara que nós salvou de muitas noitadas aonde nós poderíamos ter dado até mesmo uma overdose de tanto fumar e beber, o mesmo cara que nos tirou de um monte de enrascadas e aliás o mesmo cara que te colocou no carro dele ontem a noite quando você estava tentando se suicidar se afogando na piscina depois que o seu namorado perfeito te embebedou, transou com você e te deixou sozinha. - me descobri do edredom e me levantei caminhando até o banheiro, ela segurou meu braço e eu o puxei de volta.- Me deixa em paz Stacy!
***
Terminei de fazer o meu trabalho de Biologia e desci para almoçar. Eu não tinha falado com a Stacy desde que discutimos, na boa, ela me estressa. E o mais estranho é que ainda ontem eu estava diferindo ao Justin os piores palavrões e hoje olha só pra mim, brigando com a minha prima pra defende-lo. Não faz o menor sentido. Quando cheguei a enorme mesa estava posta ocupada por apenas quatro pessoas. Minha mãe, meu pai, a Stacy e o Collin. Eles riam conversando sobre alguma coisa do natal passado e imediatamente desviaram suas atenções pra mim quando me sentei em um das outras oito cadeiras vazias.
- Bom dia. - falei seca pegando um prato e talheres.
Eles responderam confusos. Mas eu não precisava que entendessem, eu só estava me sentindo triste, perdida, eu não sabia se alguma coisa ali fazia sentido. Tudo que eu sabia era que Justin me fazia falta e quando ele não estava eu sentia um vazio, como se faltasse algo... por que faltava ele cuidando de mim.
- Me passa a salada porra favor, Col! - pedi erguendo o prato pra ele colocar um pouco e assim ele fez.- Obrigada.
- Irmãzinha você tá bem? - ele ergueu uma sobrancelha confuso.
- Tô, por que? - coloquei um pedaço de carne e bastante macarronada.
- Primeiro por que você disse 'por favor e obrigada', segundo por que você está comendo macarronada e ainda pegou um pedaço enorme de carne.
- Qualé, não posso comer mais é ? - protestei.
- É que você nunca come, especialmente no almoço.
- Pai quando o senhor se apaixonou pela minha mãe ela cozinhava muito bem não é? E ela também gostava de comer, certo?
- Na verdade sua mãe nem sabe cozinhar. - ele riu e ela o fuzilou com o olhar- Por isso nós temos empregada. Sua mãe nunca gostou de comer, vocês são muito parecidas.
- Eu achei que essa coisa de genética era papo. - comecei a comer mas eu não estava com a menor fome- A verdade é que eu só gosto de comer besteiras.
- Mas eu te ensinei a cozinhar quando você tinha doze anos, não se lembra? - murmurou minha mãe que tinha um prato repleto de salada, apenas salada.- Você até colocou fogo na cozinha da casa de praia que nós temos em Hamptons quando tentou fazer chocolate quente.
- Ai meu Deus! - ri ao me lembrar assim como todos na mesa- Eu era um desastre.
- E ainda é. - falou Stacy entrando na conversa- Se esqueceu que destruiu a cozinha do Justin aquela vez?
- Você destruiu a cozinha do Justin? - perguntaram todos de uma vez me encarando como se seus olhos fossem saltar.
- Não, eu não destrui a cozinha do Justin. - tratei de dizer- Cala a boca Stacy, você só fala merda.
- Deve ser por isso que ele pediu demissão. - exclamou meu pai acabando com qualquer pingo de esperança que ainda restava em mim.- Ele parecia chateado.
- Justin pediu demissão? - Stacy perguntou chocada.
- Sim, ele me ligou hoje de manhã. - papai parecia tranquilo - Vocês devem ser muito chatas mesmo, nenhum segurança consegue aguentar vocês mais de quinze dias e olha que ele durou muito, um mês e meio.
- E foi o único que conseguiu colocar um pouco de juízo na cabeça dessas duas. - completou Collin.
- Ele é o melhor segurança que eu já contratei. - disse papai limpando a boca com o guardanapo.
- E o senhor fala isso com a maior cara de pau? - falei irritada me levantando da mesa.
Todos me encararam chocados com a minha mudança de humor repentina.
- Achei que você não quisesse que ele fosse o seu segurança mais. - disse mamãe desafiadora.
- E isso importa? Aliás alguma coisa que eu diga aqui importa? Vocês nunca deram a mínima pra minha opinião, NUNCA. Vocês sempre fazem as coisas pelas costas, sempre. E depois, depois eu sempre sou a errada da história.
- Isso tudo é por que o Justin se demitiu? - perguntou Collin travesso.
- Isso tudo é por que eu estou cansada, cansada de de ser tratada como uma criança!
- Você é tratada da mesma maneira que você age Candice, e se for preciso contratar mais cinquenta seguranças pra você aprender isso então eu vou contratar, por que eu sou o prefeito dessa cidade e eu não quero as pessoas comentando por ai que a minha filha é uma maluca sem escrúpulos. - parecia que seu nervos iam saltar, as veias de seu pescoço engrossaram.
- ENTÃO É ISSO QUE EU SOU PRA VOCÊS? UMA MALUCA SEM ESCRÚPULOS? ME MANDA PRO INFERNO ENTÃO, ME MANDA PRA LÁ. - bati as mãos na mesa com violência.
- Maninha sem drama por favor. - pediu Collin rindo da situação.
- Me diz qual é a graça disso tudo? Vocês contratam um segurança pra ficar na minha cola e não me falam nada, ai ele entra na minha vida assim do nada, eu me apaixono por ele e faço tudo que ele pede, ou seja, eu volto pra casa quando vocês querem, faço as tarefas, paro de beber tanto e então eu descubro a verdade e vocês demitem ele? Me diz, qual é a graça por que até agora eu não consegui... - Collin me interrompeu.
- Pera ai, foi ele que se demitiu! E a culpa é completamente sua por ser tão insuportável e infantil. Agora me explica uma coisa, você tá apaixonada pelo Justin? - ele riu de debochado.-Ai maninha você sonha muito alto mesmo.
- Eu falei isso pra ela. - murmurou a impertinente da Stacy.
- Ninguém pediu a sua opinião! - resmunguei.
- E alguém pediu a sua? - ela retrucou.
- Pelo menos eu não sou uma vadia. - quase gritei.
- Tem certeza?  Por que ainda ontem você estava se comportando como uma! - falou Stacy no mesmo tom que eu.
- Não foi eu que transei com um idiota depois de ter sido embebedada. - eu estava gritando.
- PORRA CANDICE! - ela bateu os punhos na mesa com violência se levantando.- EU NÃO TENHO CULPA SE ELE NÃO GOSTA DE VOCÊ, EU NÃO TENHO TÁ! SEU PAI NÃO TEM, SUA MÃE NÃO TEM, NEM O SEU IRMÃO. - seus olhos pareciam transbordar em lágrimas, ela abaixou o tom de voz.- Eu só queria que você entendesse isso.
Corri pro meu quarto aos prantos e me joguei com tudo na cama escondendo a cabeça no travesseiro pra abafar as malditas lágrimas que não paravam de cair. Era um choro alto e compulsivo, isso acontece naqueles momentos em que pouca coisa faz sentido. Naqueles momentos em que tudo parece perdido e sem graça... mas eles sempre passam rápido, eles sempre passam. Senti alguém afagar meus cabelos, eu reconheceria aquele toque até em mil anos. Me sentei colocando o travesseiro no colo e estendi os braços para abraçar minha mãe o que me fez chorar mais ainda.
- Não fica assim meu amor, está tudo bem. - falou tentando me consolar.- Xiu, tá tudo bem, eu prometo.
- Ele me acha uma idiota mãe, a Stacy tem razão.
- Não é nada disso Candi, ele só não quer misturar trabalho com vida pessoal e ele está certo.
-Mãe eu gosto tanto dele, daqueles olhos, do seu sarcasmo, da sua voz, do seu sorriso, do seu jeito, do seu estilo, dos seus conselhos...
- Não fica assim bebê, ele também gosta de você, gosta muito. - ela dava leve tapinhas nas minhas costas e afagava os meus cabelos.- E além do mais seu pai conseguiu convencê-lo a ficar.
- Serio? - me desfiz do abraço encarando sua face explendida com um novo brilho nos olhos- É serio isso mãe?
- Claro que sim. - ela sorriu- É por isso que seu pai estava tão tranquilo, mas você é tão dramática e exagerada que nem deixa a gente falar direito.
- Ai meu Deus...
- Mas olha, deixa as coisas como estão, dê tempo ao tempo, os homens não gostam quando ficamos pressionando sabia? E depois eu quero saber direitinho sobre essa história de beber e transar, você está se prevenindo não é...
- Mãe! - a interrompi- Eu ainda sou virgem.
Ela riu num suspiro.
- Pelo menos isso.
- Hey! - protestei.
Apesar dos apesares, apesar de ela ser péssima com as palavras e ás vezes ser bastante fútil e mesquinha, ela é a minha mãe, a minha mãezinha e isso é algo que nunca vai mudar.
- Mãe. - sussurrei nivelando nossos olhares.- Será que o Justin nunca vai gostar de mim como mulher?
Ela riu e me abraçou de novo me embriagando com seu perfume importado da França, como ela sempre diz.
- Só se ele for gay!
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Justin se demitiu hmm mas depois voltou atrás haha, parte hot esta bem proxima continuaaaa

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Protected in Paradise


Capítulo 11 - Youre Suck


- Justin pelo amor de Deus se acalma! - pedia Spencer pela milésima vez enquanto eu batia as mãos em cima da mesa várias vezes seguidas piscando os olhos freneticamente. Eu estava muito irritado pra poder parar. - É serio Bieber, se acalma poxa.
- Caralho eu tô com muita raiva. - falei afundando meus dedos no meu cabelo. - Ele não pode falar assim dela cara, não pode.
- Bebe esse café vai, isso vai te acalmar um pouco. - ela colocou uma xícara em cima do balcão de frente pra mim.- Você tá muito nervoso. - se sentou do outro lado me fitando com preocupação.- Relaxa um pouco.
- Pega um cigarro pra mim dentro do armário? - pedi tentando me acalmar.
- Você não vai fumar de jeito nenhum, você mal tirou o efeito do alcóol do seu cérebro.
- Eu já tô bem, pega essa merda pra mim por favor. - estalei os dedos e ela fungou mas fez o que eu pedi trazendo um maço de cigarros e um esqueiro - Obrigada.
- Você deveria parar de fumar. - ela me alertou apoiando o queixo em suas mãos- Vai acabar com o seu pulmão.
- Que se dane o meu pulmão. - resmunguei dando uma tragada exalando fumaça pelo nariz.
Spencer me fitou por algum tempo deixando o silêncio reinar pelo ambiente tendo como único som o barulho dos carros do lado de fora e os aviões no alto do céu que decolavam e aterrizavam a todo momento no aeroporto que ficava bem próximo dali. Ela devia estar se perguntando quem eu era de verdade, assim como Ryan eu nunca contei aonde trabalho, na verdade disse a ela o que eu digo para todo mundo, sou apenas um estudante de Direito da Jacksonville College. Mas diferente das outras pessoas ela sempre demonstrou interesse em descobrir quem eu realmente era e o que eu me tornaria. Ela provavelmente me via como um playboy filhinho de papai que tem todos os estudos pagos e toda a grana que precisa sem trabalhar, apenas com o dinheiro dos meus pais, que gosta de beber quando se sente frustrado e faz estágio como segurança para pessoas bem sucedidas. Um alcoólatra inter viciado, um fumante de final de semana e principalmente, um ótimo amante na cama.
- O que você acha? - perguntei quebrando o silêncio.
- O que eu acho? - assenti com a cabeça e ela continuou com um pequeno sorriso no canto dos lábios- Acho que você está encrencado Bieber.
- Mas...
- Não, - balançou o dedo indicador- não é por causa de você ter que voltar a ser o segurança dela, nem mesmo por que ela descobriu isso mas... - ela tirou o cigarro dos meus lábios e deu uma tragada- por que você está apaixonado por essa garota.
- O que? - ri debochado gesticulando com a cabeça.- Você está louca, ela só tem 17 anos, isso realmente não faz sentido.
- Ela continua sendo mulher, você continua sendo homem. - ela colocou o cigarro de volta entre meu dedo polegar e o indicador- E além do mais ontem a noite você deixou isso bem claro pra mim.
- Nossa, eu devo ter falado um monte de merda... - expirei pelo nariz abaixando a cabeça, quando levantei novamente ela estava ao meu lado passando sua mão em meu ombro.- Que vergonha cara.
- Vergonha de que Bieber? - começou a esfregar o nariz no meu pescoço - Não devemos sentir vergonha dos nossos sentimentos.
- Porra ela tem 17 anos. - me virei de frente pra ela- Tem noção do quanto isso é estranho?
Ela suspirou.
- Ai Justin, você fala de um jeito, como se ela tivesse só seis anos. Ela já é uma mulher e você tem que admitir que gosta dela. - ela desistiu de me fazer carinho e pegou o cigarro de volta caminhando até a pia.
- Eu não quero admitir isso pra mim mesmo. - me levantei e abri a geladeira procurando por uma garrafa de uísque- Eu não posso fazer isso.
- Por que não? - perguntou enxaguando um prato sujo de mussarela- Você não tem nada a perder, se ela gosta de você não precisa ser o segurança dela, basta ser o homem dela.
- Tem coisas que você ainda não sabe Spencer.
- Que coisas? - ela guardou o prato no escorredor- Por que pra mim está muito claro.
- Negócios. - falei tomando um gole de uísque gelado de uma vez só. Fiz uma careta.
- Não quer perder o seu emprego não é? - sorriu pelo canto da boca- Isso você arruma em qualquer outro lugar, eu só não acho que seja tão complicado assim.
- É mais do que você imagina. - observei ela enxugar as mãos e caminhei até a sala com o copo inacabado de uísque.- Mas não vamos falar sobre isso.
***
Eram mais de onze horas da noite e eu tinha passado o dia inteiro sentado naquele sofá tomando goles de uísque que não serviam nem pra me deixar bebado. As minhas pálpebras estavam pesadas mas eu não conseguia dormir,  olhei pro lado e vi Spencer deitada com as mãos encolhidas em seu peito protegendo-se do frio. Ela não ocupava nem metade do sofá branco e tinha os cabelos soltos e espalhados pelo seu rosto. Ficou aqui comigo o dia todo me dando conselhos que eu talvez não usaria, por que eu não podia usar. Se o problema fosse apenas eu ser o segurança dela isso seria possível, mas eu não era, eu era muito mais que isso, eu era o cara que estava infiltrado na casa dela para conseguir provas que incriminassem seu pai, eu era um agente do FBI e isso nunca vai ser sensato. Peguei ela no colo com cuidado e levei-a até a cama que continuava bagunçada como quando acordei pela manhã. Então ouvi o barulho insistente do meu celular tocando, voltei pra sala e o peguei em cima do sofá. Era número desconhecido mas mesmo assim atendi.
- Alô? - minha voz parecia um sussurro.
- Oi, Justin? - falou rápido- É o Bieber?
- Sim, quem é? - me sentei no sofá.
- Collin Mackenzie, se lembra de mim?
- Sim. - respondi sem ânimo.
- Meu pai pediu pra eu te ligar, você está ocupado?
- Na verdade não, por que?
- Queria que você fosse buscar a Candice em uma festa, ela saiu onze horas da manhã e não voltou até agora, acabei de descobrir que ela está na casa do Math, tem uma festa lá...
- Math? - ok, eu estava oficialmente irritado.- Aonde fica a casa dele?
- Sabe aonde é a casa da Alice?
- Sim, eu sei. - caminhei até o quarto e abri o guarda-roupa pegando uma camiseta qualquer- Já fui lá uma vez com a Candi.
- Então, a casa dele fica na esquina, é a última. - peguei a chave da Range Over.
- Eu vou buscar ela e deixo ai na sua casa, tá bom ? - já estava entrando no elevador.
- Tudo bem, obrigada por tudo, só não vou até lá por que estou realmente ocupado e não gosto muito dos amigos dela, acho eles meio malucos.
- Concordo com você cara. - ri pelo nariz.- Bem malucos mesmo.
- É, se ela não quiser vir fica com ela até ela resolver vir, não deixa ela sozinha.
- Tá. - desliguei. 
*** 
Em frente a casa daquele merda que chamam de 'Math' eu tentava encontrar alguma pessoa com juízo enquanto tudo que eu conseguia ver eram garotas de menores sendo abusadas por moleques de 19 anos que se acham fodões demais. Aquilo me dá nojo, como algumas meninas podem ser tão inocentes assim? E o pior de tudo, a Candice está lá no meio de todas aquelas pessoas escrotas e sujas. Nem consigo imaginar a Candi perto de um pó, perto de maconha, de drogas sabe, ou de cigarro, de bebidas muito fortes. Isso me dá nos nervos só de pensar. Fiquei um tempo entre aquelas pessoas procurando pela maluca mas ela não estava em lugar nenhum. De longe avistei a Stacy e fui até lá pra falar com ela mas ela nunca me responderia no estado que estava. Ela se escorava em um garoto, sua mão estava no próprio estômago aonde ela provavelmente sentia dor, ela estava prestes a vomitar. Ver aquela cena foi horrível, essas duas não podem frequentar lugares assim, não é pra elas. Isso não tá certo, não tá mesmo. Eu precisava levar a Stacy pra casa antes que acontecesse alguma coisa pior.
- Vem cá, deixa que eu te ajudo... - falei pegando ela no colo.
- Você conhece ela? - o garoto arregalou os olhos.
- Sim, ela é prima de uma amiga minha, vou levar ela pra casa.
- Tá bom, ela precisa tomar cuidado cara, se eu não tivesse aqui ela ia cair na piscina e morrer afogada, olha só o estado dela...
- O que aconteceu? - ele levava a bolsa dela e o sapatos me acompanhando até o carro.
- Eu não sei, acho que ela estava lá em cima com o Noah, em um dos quartos, depois ela apareceu assim, não é novidade.
- Você está insinuando que...
- É, ele embebeda ela sempre, ai eles transam.
- Filho de uma puta. - resmunguei - Segura ela aqui pra mim abrir a porta... - ele pegou ela nos braços e depois colocou lá dentro após eu abrir - Vou matar esse verme.
- Relaxa, ela também gosta, não é só quando ela tá bebada, mas ele aproveita. A Stacy é tão linda, não sei por que ela faz isso.
Olhei para o banco de passageiros observando a garota dos cabelos dourados que agora dormia profundamente, isso me fez lembrar de sua prima há pouco mais de um mês. Parece que essa coisa de perder a cabeça é de família não é? E de fato, elas eram apenas duas crianças querendo viver coisas que elas ainda não estão prontas pra viver, querendo fazer coisas que nem mesmo com a minha idade elas deveriam fazer. E isso é realmente algo lamentável. Fechei a porta do carro e entrei novamente naquele enorme jardim repleto de pessoas. Tinha que encontrar a Candice logo pra ir embora desse lugar. Não conseguia mais ver o garoto que tinha me ajudado a levar a Stacy, bem que ele podia me dizer aonde ela estava. Resolvi entrar dentro da casa aonde o som parecia estrondar de tão alto. Algumas garotas se jogaram em cima de mim com seus copos de vodcas na mão, apenas fugi delas, talvez em outros dias eu poderia aproveitar mas naquele momento eu só pensava que a Candi estava ali no meio daquelas pessoas perdidas.
- Você por aqui Bieber? - ouvi sua voz doce e provocativa bem atrás de mim - Que coincidência nos encontrarmos em mais uma festa.
- Candice! - falei me virando para ver aqueles grandes olhos azuis astutos e espertos que desafiavam a gravidade da minha presença. - Eu estava te procurando.
- Me procurando? - riu debochada- O que mais precisa me contar? Seu nome é mesmo Justin ou é só o seu nome profissional ? - deu um gole da garrafa de vodca que estava em suas mãos.- Argh, isso está quente, vou pegar outra. - ela se virou de costas mas eu puxei seu braço impedindo-a de prosseguir- Qualé, me solta.
- Nós temos que ir embora. - falei com a voz passiva. - Por favor.
- Sonha que eu vou embora com você lindo. - puxou seu braço de mim e continuou andando, tentei segui-la mas ela só foi pegar outra garrafa de vodca que parecia estar congelando.
Me sentei em um sofá que dava uma ótima visão da pista de dança e fiquei observando ela se divertir, vamos combinar que da pior maneira possível. Mas ela ainda não estava bebada e por mais que eu tentasse leva-la embora ela não ia querer ir, então só me restava ficar ali vendo ela dançar com aquela roupa curta de forma ousada enquanto os caras babam e morrem desejando seu corpo. Nunca pensei que isso pudesse me irritar tanto. Decidi prestar atenção nos movimentos que ela fazia e esquecer das pessoas ao meu redor. Peguei a garrafa de vodca que ela estava bebendo antes e tomei um gole, estava realmente quente, fiz uma cara feia. Candice estava dançando de forma sexy, de um jeito que não tinha nada haver com a música que tocava ensurdecedora nos auto falantes. Parecia que ela estava querendo me provocar, eu sentia como se fosse tudo pra mim. Vez ou outra ela me olhava mas logo desviava o olhar começando a rebolar sensualmente mexendo a cintura. Uma de suas mãos segurava o seu cabelo deixando tudo mais sexy ainda. Juro que estava quase babando quando alguém se sentou ao meu lado, era um garoto dos olhos verdes, meio bombadão, ele parecia estar fazendo a mesma coisa que eu. Quem ele pensa que é pra olhar assim pra ela? Isso estava começando a me enfurecer.
- Cuidado ai se não a baba vai molhar sua camiseta. - falei debochado.
- Ela é o meu sonho de consumo cara. - murmurou o garoto sem desviar os olhos da Candice que agora rebolava até o chão sem perder o sensualismo.- Bonita, sexy, sincera, maluquinha, sapeca...
- Dá pra calar a boca? - quase gritei.
- Desculpa. - balançou a cabeça despersando-se de seu 'transe' - É que eu gosto muito dela.
- Você nem sabe quem ela é. - revirei os olhos.
- Candice Mackenzie, 17 anos, princesinha filha do Prefeito, gosta de adrenalina, tem mania de deixar os meninos loucos e depois fugir rindo da cara deles, cor preferida é amarela, atual peguete do Math e ainda é virgem, pelo menos eu acho que é...
- Nossa cara, na boa, acho melhor você ficar calado. - bati os pés no chão com raiva.
- Sou apaixonado por ela desde a sexta serie e ela nunca me deu bola até que um dia em uma Festa ela traiu o namorado dela com um amigo meu, quando eu fui conversar com ela que meu amigo queria ver ela de novo sabe o que ela fez? - seus olhos brilhavam- Ela riu e me puxou para seu corpo me dando um beijasso ali na frente de todo mundo. Depois ela me disse assim ' Fala pra ele que figura repetida não completa o meu álbum e que atitude é essencial'. - ele voltou os olhos para Candi que ainda dançava- Naquele momento eu percebi que amava aquela garota.
- Pena que figurinha repetida não completa o álbum dela. - falei arrogante.
- Eu faria tudo por ela, qualquer coisa. - ele piscava freneticamente, caralho, como ele é irritante.
- Mas se te serve de consolo, - falei olhando pra ela e depois pra ele - você não é o único cara que se apaixonou por ela.
Ele riu e então seu celular começou a tocar, ele estava tão bebado que demorou alguns segundos para encontra-lo, saiu lá pra fora cambaleando com uma garrafa de tequila na mão  e o celular na outra bem posicionado perto do seu ouvido. Eu queria socar a cara dele mas só conseguia sentir inveja, ela roubou um beijo dele, ele já sentiu os lábios dela colados no dele. Isso me dá ódio mas disperta em mim uma vontade insana de sentir a mesma coisa. Então me lembrei de como ela ficou quando descobriu a verdade ontem, essa lembrança fez o meu rosto se contrair de dor. Abaixei a cabeça escondendo meu rosto em minhas mãos deixando algum espaço entre os dedos para fitar o chão de cerâmicas brancas luminadas. Mas logo tive que levantar a cabeça pois um grito irritante invadiu os meus ouvidos. Candice estava discutindo com uma garota descontroladamente, elas estavam quase saindo nos tapas. Imediatamente fui até lá tirando Candi de cima da menina.
- Mas o que isso, se acalmem!  - segurei ela e ela se debatia querendo atacar a garota que eu logo reconheci, era a tal Sommers.
- JÁ NÃO BASTA QUERER O MATH NÃO SUA VADIA! - gritou com furia no olhar.
- Essa garota é maluca! - murmurou - Justin  não é? - assenti - Ela veio pra cima de mim só por que eu disse que ia conversar com você, mas espera ai, você não estava ali sentado sozinho, que mal tem nisso?
- MENTIROSA! EU VOU MATAR VOCÊ VAGABUNDA!
- Candice se acalma, para com isso por favor! - tentei conte-la.
- É melhor tirar ela daqui se não eu não respondo por mim. - falou Sommers sem perder a pose.
- Tá legal, vou levar ela pra casa, desculpa ai qualquer coisa.
- Que isso, você não tem culpa de nada gato. - ela beijou minha bochecha. - Me liga depois.- e colocou um papel dentro do bolso da minha camisa piscando de leve.- Até mais.
- Desgraçada. - resmungou Candice.
Coloquei ela nas costas e ela ficou se debatendo pedindo pra descer, esmurrando minhas costas com raiva, mas eu simplesmente não sentia os socos dados por suas pequenas mãos sem força alguma. As pessoas se assustavam com o escandalo que ela estava fazendo mas eu finalmente consegui chegar até o carro. Abri a porta e coloquei ela no banco de passageiros, dei a volta e me sentei no banco de motorista. Ela estava emburrada de braços cruzados fazendo biquinho. Era impossível não rir daquilo e eu até conseguia respirar melhor, ela estava ali, sã e salva e indo pra casa. Protegida.
- Qual é a graça? - perguntou chutando o porta-luvas com seu salto de 11cm.- E o que a minha prima está fazendo aqui ?
- Vou levar vocês pra casa suas malucas. - falei num tom engraçado, ela não achou tão engraçado assim.- Tem que parar com isso viu ?
- Você não manda em mim, por que você veio ?
- Ainda sou o seu segurança. - mexi no espelho retrovisor - Por mais que não queira.
- Você é muito irritante cara, puta que pariu! - ela abriu a janela olhando as pessoas lá fora- E pensar que eu ainda poderia estar lá dentro.
- O que você vê de legal em ficar se esfregando naqueles veados?
- Eles são mais homens que você. - pera, agora ela já mexeu com a minha masculinidade.
- Então isso tudo é só por que eu nunca te peguei de jeito? - ri provocativo- Que pena que você é bebê demais pra mim.
- Sou mesmo? Nossa, que pena viu. - ela puxou o vestido pra cima, quase podia ver sua calcinha. - Que calor, puts.
- Agir como uma vadia não vai fazer eu ter algum interesse por você, pelo contrário.
- Quem disse que eu quero que você se interesse por mim? - seus cabelos batiam em seu rosto por causa do vento- Tem um milhão de caras lá fora querendo foder comigo, eu não preciso da sua compaixão.
- Esse é o seu problema, você acha que a vida é só foder, beber, fumar, se drogar e agir como uma vagabunda. - explodi - Mas acontece que a vida não é assim e você sabe muito bem que você é muito mais do que essa máscara que você coloca pra chamar a atenção, pra esconder aquele lado seu que graças a Deus eu tive o prazer de conhecer, só assim pra eu conseguir odiar o jeito que você está se comportando agora. Eu tenho certeza que essa não é você e isso me deixa puto.
- Essa sou eu quando algum idiota brinca com os meus sentimentos.
- Pelo que eu ouvi você também adora brincar com os sentimentos das pessoas. - retruquei de olho no volante.
- Problema seu que acredita em tudo que te dizem, aliás antes que você me chame de ingenua e tudo mais, saiba que eu não sou mais virgem tá bom?  - freei o carro bruscamente- É isso ai Bieber, você não achava que eu era uma criança? Eu não sou mais, que bom pra você, gostou? Isso me tornou mais mulher ? Posso até sentir que os meus seios cresceram...
- Cala a boca Candice! - minha garganta estava seca, meus olhos estavam marejados, nunca pensei que ficaria tão triste ao ouvir essas palavras.
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ixii o que vai acontecer ?? capitulo hot chegando gente, e QUEM VIU LOLLY?? to viciada no replay. Comentem

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

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Capítulo 10 - You cant expect me to be fine


Candi P.O.V
Eu odeio ele, odeio ele, odeio ele, ODEIO, ODEIO, ODEIO!
Idiota. Filho de uma puta. Desgraçado. Como ele teve coragem de fazer isso comigo? Me diz, como ele pode fazer isso? É claro, agora tudo fazia sentido, tudo fazia total sentido. É claro que o meu pai não estava sendo legal comigo, é claro que ele não confiava em mim, ele colocou um segurança na minha cola sem eu ao menos perceber, ele fez tudo as escondidas e a trouxa aqui não só caiu como um patinho como também se apaixonou por ele. PORRA CANDICE! Por que você tem que ser tão ingenua? Achar que alguém como ele poderia se apaixonar por você, isso jamais , nunca aconteceria. Ele é só um segurança, um segurança e foi tudo uma mentira. UMA GRANDE MENTIRA.
As lágrimas quentes escorriam sobre minha face quando eu entrei dentro do carro do meu irmão que estava na garagem. Eu não fazia ideia de como se dirigir, só tinha algumas aulas na auto escola mas nunca consegui tirar a carteira. Mas foda-se eu não queria ficar em casa, eu queria desaparecer do mapa. Consegui dar ré mas acabei batendo na traseira da Ferrari do Justin, foda-se de novo. Os seguranças estavam abrindo o portão quando ouvi gritos atrás de mim, me virei e o vi chamando por mim mas eu não ia voltar. Eu não ia mesmo. Ele correu e começou a bater na janela me mandando parar mas eu simplesmente o ignorei e segui para qualquer lugar bem longe dali.
Eu estava com tanta raiva, eu sentia uma dor tão grande, era como se o meu coração sangrasse por dentro. Ninguém faz ideia do que é perceber que tudo que você viveu era apenas uma mentira. Tudo que aconteceu durante esse mês passava na minha cabeça como um filme me mostrando o quanto eu era estúpida. Eu estava a caminho da casa da Stacy, minhas pernas estavam bambas, minhas mãos tremiam e os meus olhos estavam embassando por causa daquelas malditas lágrimas. Freei bruscamente na porta da casa dela, nem sei como consegui chegar até lá. O segurança imediatamente abriu o portão pra mim e eu corri para dentro, nem se quer cumprimentei meus tios que estavam sentados na sala de estar, subi as escadas as pressas e abri a porta do quarto dela.
- STACY! - gritei correndo para abraça-la em meio ao desespero- Stacy me ajuda! - minhas mãos apertavam suas costas com força.
- Candice o que aconteceu? - perguntou confusa correspondendo ao abraço - Pelo amor de Deus fala alguma coisa!
Mas eu não conseguia, eu não conseguia dizer nada, só conseguia soluçar, tremer e tentar entender o que não era pra entender. Eu buscava no fundo do meu coração uma explicação pra tudo isso mas não tinha, era a realidade e eu tinha que aceitar isso. Stacy me sacudia tentando me fazer falar mas as palavras estavam presas na minha garganta, eu me sentia completamente sem vida, eu sentia pontadas atingindo o meu peito descompassadamente, as lágrimas quentes faziam meus olhos arderem e eu me sentia invunerável, eu me sentia a pior pessoa do mundo. Era como se o mundo estivesse desabando sobre a minha cabeça e eu não pudesse fazer nada para impedir, era como se tivessem me tirado o ar.
- Fala alguma coisa Candi, fala alguma coisa! - suas mãos me sacudiam, ela estava desesperada e confusa -  Foi o Math não é? O que ele fez com você? - me sentei na cama encarando o nada- Porra diz alguma coisa!
- Ele é um idiota Stacy, um idiota, eu odeio ele, odeio ele, odeio meu pai, odeio todo mundo daquela maldita casa. - gritei demonstrando a raiva que sentia dentro de mim.
- Eu falei pra você dar um tempo pro Math, cara, ele não é homem pra você. Fica calma, eu tô aqui com você. - ela me abraçou de lado.- Vai ficar tudo bem.
- Não tem nada haver com o Math. - esbravejei limpando as lágrimas- Foi o Justin.
- Justin? - arqueou a sobrancelha confusa.
- Ele não é meu amigo, ele nunca foi. - chutei uma sandália que estava de baixo da cama.
- Eu não estou entendendo nada, o que ele fez? - ela se levantou pegando a sandalia e a colocando dentro do seu closet.- Olha Candi você nunca vai entender que ele não quer nada com você? É só amizade, devia ficar feliz, ele é um ótimo amigo, está sempre te ajudando...
- Ele é um segurança que o meu pai contratou Stacy! - falei com ódio.
- O que? - arregalou os olhos levando sua mão até a boca.- Não pode ser, isso não....
- É a verdade, eu ouvi ele conversando com o meu pai agora a pouco. - as lágrimas pediam pra cair novamente- Você faz ideia de como eu me senti?
- Eu estou completamente chocada.- admitiu encostando-se na parede.- Que filho da puta.
- Eu fiquei um mês tentando ser o que eu não sou, tentando impressionar ele e ai eu descubro que ele é o meu segurança? Fala serio, ele só estava, só estava fazendo trabalho dele, não tinha nada mais que isso. Foi tudo uma mentira, uma mentira prima.
- Não fica assim vai, não é a primeira vez que seu pai coloca um segurança na sua cola.
- Agora é diferente, é o Bieber, é ele, é o cara por quem eu estou apaixonada.- fechei o punho com raiva- Isso não é nenhum pouco justo.
- Não fica assim, ele é um otário. - ouvimos o barulho de um carro vindo lá de fora, congelei, será que era ele? Será que ele tinha me seguido? Stacy se levantou já que eu não tinha forças para fazer isso, ela abriu a cortina e logo depois se virou pra mim - Relaxa, é só o papai e a mamãe saindo.
- Posso ficar aqui? - pedi deitando a cabeça no travesseiro- Eu não quero ir pra casa.
- Mas é claro que pode, vou te mimar até você sorrir coisa feia.- senti seus braços me envolverem, ela sempre me faz sentir melhor- Podemos até sair pra uma festa, o que você acha?
- Eu não tô a fim de ficar bebada hoje, eu só quero chorar, comer chocolate, aquelas coisas de sempre, sabe? - ela riu pelo nariz- Ser uma garota normal de vez em quando é legal.
- Mas você não é assim, lembra quando você brigava com o Luan? Eu odiava ele, foi o seu primeiro namorado, a gente saia pras festas e ele ficava morrendo de raiva.
- Eu lembro, uma vez nós pegamos o carro dele e você bateu em um porte. - consegui dar meia risada.
- Acho que ele nunca descobriu que foi a gente por que nós deixamos o carro lá e fugimos.
- Ele ficou de castigo duas semanas e foi quando eu trai ele e nós terminamos.
- Já tava mais do que na hora, você só tinha 15 anos. - falou beliscando meu braço.
Nós ficamos ali jogando conversa fora, nos lembrando das encrencas em que nos metemos, e não foram poucas. Só ela pra me fazer rir numa hora dessas, quando tudo parece estar perdido, sem cor, sem vida, lá está ela me colocando pra cima. Depois de algum tempo nós fomos pra cozinha fazer brigadeiro. Eu me sentei no balcão enquanto ela fazia já que eu não levo muito jeito pra cozinha sabe. Eu tentava esquecer, tentava tirar aquela coisa da minha cabeça mas parecia que toda vez que eu fechava os olhos eu o via aquele sorriso, aquele mar de mel e podia ouvir o timbre de sua voz. Eu me lembrava de todos os momentos que passamos nesse último mês. Ele me salvou umas milhões de vezes, me defendeu, cuidou de mim, nós rimos, brincamos, nos divertimos, pulamos em cima da cama, pulamos da escada, tocamos violão, nos afogamos na piscina... nós fizemos tantas coisas legais que eu sinto como se o meu coração fosse sair pela boca toda vez que percebo que foi uma grande mentira, uma mentira das mais grandes e dolorosas, que ele nem se quer se preocupou se me faria bem ou mal, se eu poderia sair machucada ou não. É como se tivessem me apunhalado pelas costas sem pensar se eu poderia sangrar ou não. Acho que nem se eu tivesse me cortado eu me sentiria tão estúpida como agora.
- Srta. Candice tem um garoto ai na porta querendo falar com você. - exclamou Lalinha, uma das empregadas da casa entrando na cozinha.- Ele está muito alterado.
- Diz pra ele que ela não está aqui. - ordenou Stacy enquando mechia o brigadeiro no fogo.
- Não. - pedi- Espera, eu vou falar com ele, vou mandar ele sumir da minha vida. - falei ríspida me levantando.
- Mas Candi é melhor não. - alertou Stacy .
- Deixa, eu preciso fazer isso.
E lá estava ele no jardim, tinha as mãos no bolso da calça e fitava as flores franzindo o cenho enquanto chutava as pedrinhas soltas na grama. Ele parecia impaciente e tinha um semblante triste, eu não gostava de vê-lo daquele jeito e me sentia uma idiota por isso, por que apesar de tudo eu não conseguia odia-lo nenhum pouco, pelo contrário, eu o amava, eu amava ele e isso fazia tudo ser mais doloroso. Quando ele me viu suspirou tristemente e caminhou em minha direção. Eu não queria fraquejar na frente dele, não, eu não podia.
- Candice... - ele sussurrou
- O que você quer? - levantei o olhar encarando-o com furia.
- Me desculpa. - ele segurou meu braço me impedindo de sair- Por favor, me perdoa.
- Sai daqui Justin, sai! - gritei nervosa- Eu não quero saber de nada, eu não quero ouvir nada, eu só quero que você vá embora e nunca mais olhe na minha cara.
- Eu não posso fazer isso, eu não posso te deixar Candi. - suas mãos acariciavam o meu braço me causando arrepios- Eu preciso proteger você.
- Tá com medo de perder o seu emprego? - ri debochada- Pois você já perdeu idiota, vai embora.
- Não tô nem ai pra essa droga de emprego, eu só quero que fique tudo bem, eu juro, juro que eu estava sendo eu, você é incrível Candi.
- Me solta, me solta! - puxei meu braço dele- EU ODEIO VOCÊ!
- Não faz isso comigo. - ele pediu com os olhos marejados, até chorar ele finge- Eu preciso de você linda, eu preciso de você.
- Precisa? - ri sem vida- Tudo que você precisa é do dinheiro do meu pai, você nem se importou em me perguntar o que eu achava disso, você simplesmente se infiltrou na minha vida, você jogou sujo Justin! - quase cuspi as palavras na cara dele- Olha aqui, você não precisa me pedir desculpas, não precisa fingir que se importa, tudo bem, você fez o que o meu pai pediu, você fez o seu trabalho, meus Parabéns, você conseguiu me enganar, conseguiu me fazer ficar apaixonada por você e usou isso ao seu favor. Você deveria ganhar o Oscar de ator do ano.
- Não fala isso Candi, por favor não fala. - suas mãos seguraram meu rosto me obrigando a olhar pra ele, seus olhos estavam umedecidos pelas lágrimas- Esse foi o melhor mês de toda a minha vida, eu juro por Deus que não foi uma mentira.
- PARA DE MENTIR! - gritei empurrando ele pra longe- EU NÃO QUERO MAIS TE VER, EU NÃO QUERO MAIS OUVIR FALAR DE VOCÊ, DÁ PRA ME ESQUECER POR FAVOR? EU VOU FINGIR QUE VOCÊ NUNCA EXISTIU, NUNCA.
- Você tá falando coisa com coisa. - disse irritado- Você só fala merda, dá pra acreditar em mim? Eu estou dizendo que não foi uma mentira, acredita porra!
- Você não tem o direito de falar assim comigo. - reclamei dando dois passos pra trás.
- Para de agir como uma garota mimada, PARA! Eu juro por Deus que não te conhecia naquele dia na boate, eu não fazia ideia de que seria seu segurança, eu só desci do carro por que você se jog...
- CHEGA JUSTIN! - interrompi- Eu não quero saber de nada entendeu. NADA.  E agora eu vou sair e você vai embora por que eu não quero te ver nunca mais.
- Mas Candice...
- Adeus Justin. - me virei de costas e bati a porta na cara dele com força, escorreguei no chão apoiando minhas costas na porta e deixei com que as lágrimas caíssem inundando o meu rosto, eu sentia como se o mundo tivesse desabado sobre a minha cabeça e eu simplesmente não podia fazer nada para mudar isso.  Abracei os meus joelhos, eu não conseguia ver e nem sentir nada além de um grande vazio prostado no meu coração.
- Candice, você tá bem? - as mãos gélidas de Stacy me chacoalharam em desespero.
- Só me abraça, só me abraça. - pedi me aconchegando naqueles braços que sempre, sempre me confortaram de alguma maneira.
***
Tinha dormido na casa da Stacy e ela bem que tentou me animar, mas eu simplesmente não conseguia e nem podia sorrir diante de tudo que estava acontecendo, as coisas ainda estavam tão confusas na minha cabeça, eu me sentia tão, tão magoada e usada. Certo, ele nunca me deu moral nem nada do tipo mas porra, eu me apaixonei por ele, pelo jeito dele, por tudo, eu achei que ele pelo menos era o meu melhor amigo, achei que ele realmente se importasse e agora, agora tudo que eu queria era saber quem ele é de verdade. Será que até mesmo sua personalidade ele fingiu? Eu abro meus olhos e ficando imaginando, quantas vezes ele não deve ter me achado uma completa idiota? Quantas vezes ele não deve ter ficado entediado enquanto eu contava sobre como tinha sido o meu dia de aula? Quantas vezes ele deve ter pensado que poderia estar em qualquer outro lugar com uma mulher exuberante e gostosa em vez de estar com a filhinha mimada e rebelde do prefeito? Merda, eu sentia uma puta raiva dele nesse exato momento, raiva dele, do meu pai, da minha mãe, do meu irmão, de todos que me enganaram. Ridículos.
Thomas Mackenzie mandou um carro pra me buscar pois eu jamais poderia dirigir nessas condições segundo ele. Condições? Ah, do tipo matar a primeira pessoa que eu ver pela frente ou bater o carro no primeiro poste depois de passar pelo portão. Abri a janela e senti o vento soprar sobre minha face enquanto o motorista dirigia pelas calmas e serenas ruas de Jacksonville e pensei em como ele tem os olhos lindos. Quem? O Justin oras. Parece que toda vez que o vento sopra eu vejo aquele sorriso lindo formando uma covinha no canto da boca, parece que toda vez que eu respiro sinto as mãos dele entrelaçadas as minhas num encaixe perfeito e então eu abro os olhos e tenho que enxergar a realidade. Eu sou apenas uma garota boba e iludida. E ele? Ele é o Justin, Justin Bieber. Bonito, independente, cavalheiro, sedutor e claro, o meu ex segurança. O tipo de pessoa que jamais olharia para uma pirralha estérica e dramática.
Assim que o carro parou na garagem desci do mesmo e sai correndo para dentro de casa. Abri a porta e tive que encarar o violão do dia anterior, ele estava em cima de uma mesinha perto do guarda casacos. Engoli em seco e procurei por alguma mísera lágrima mas elas haviam desaparecido completamente deixando apenas um eco, um vazio impreenchível. Virei a cabeça notando a presença da minha mãe. Madelyn Mackenzie estava sentada no sofá de pernas cruzadas apertando descontroladamente o controle remoto a procura de algum programa de beleza ou provavelmente sobre famosos procurando por algo que eles tenham que ainda não tenha. Como sempre bem vestida, carregada de maquiagem e com seus olhos incrívelmente bem azulados como os meus fixos na tela sem animação alguma. Seus belos cachos dourados caiam em seus ombros de forma deslumbrante e o seu salto de 15 centímetros parecia afundar o chão de tão alto. Olhando pra ela eu realmente percebo que nasci na família errada, ela é a minha mãe e eu a amo mas todos os dias da minha vida desde o meu nascimento eu tento encontrar nela algo em comum além da aparência e adivinha, eu nunca encontro nada.
Respirei fundo subindo as escadas rapidamente antes que ela começasse a dizer coisas que eu não estava disposta a ouvir. Adentrei ao meu quarto aonde joguei a minha mochila mal arrumada em cima da cama junto com o meu celular e tirei o meu all star jogando-o em qualquer lugar daquele cômodo completamente bagunçado. Fui até o closet e peguei uma muda de roupa voltando para o quarto e me deparando com a minha mãe sentada acomodamente na minha cama. Tirei a minha calça e a minha blusa jogando-as no cesto de roupa suja e suspirei ao me olhar no espelho, porra, eu estava horrível. Caminhei em passos largos até o banheiro e lavei meu rosto passando um pó bem de leve para tirar aquela aparência deplorável em que eu me encontrava. Minha mãe ainda estava no mesmo lugar me observando sem dizer nada, mas tudo bem, ela estava prestes a dizer e ia ser uma conversa muito chata e tediosa. O problema da minha mãe é que ela não entende de nada além de moda e alta sociedade, então quando ela vai tentar me dar lição de moral ela escolhe as piores palavras, sinceramente até uma criança de sete anos falaria coisas mais inteligentes do que ela.
- Filha nós precisamos conversar. - falou apoiando as costas na parede fria.- Sobre o que aconteceu ontem...
- Mãe nós não temos nada pra conversar, eu não tô nem ai pra vocês entendeu? Nem ai. - reforcei- Se gostam de enganar seus filhos bom pra vocês, não quero saber disso.
- Candice por favor não fala assim, nós não enganamos você, e eu só fiquei sabendo disso quando voltei de viagem lembra? - sua voz soava descompassada- Eu juro que não sabia de nada. Mas de qualquer forma essa não foi a minha intenção, nós só queriamos proteger você querida.
- Me proteger? - gargalhei debochada abotoando a minha blusa- Que maneira mais legal vocês encontraram de me proteger hein, parabéns. Contrataram um cara gostoso pra fingir ser meu amigo, eu me apaixonei por ele e então o obedecia quando na verdade eu costumava agir insanamente. - corri os olhos pela penteadeira a procura de um lápis de prender coque- Serio, vocês estão de Parabéns mesmo.
- Não aja como se você fosse a vítima da história, as coisas não são exatamente como você diz!
- Ah não? - me virei pra ela- Então como as coisas são? Por que nada muda o fato de que os meus pais jogaram sujo, muito sujo. Graças a Deus ele não me deu bola e aliás nunca daria, imagina como eu poderia ficar magoada? Mais do que eu já estou.
- Tenta entender...
- Eu não quero entender. - rosnei prendendo o meu cabelo.- Agora me deixa em paz por que eu vou sair e não sei quando volto.
- Você não vai sair coisa nenhuma Candice! - protestou cruzando os braços.- E você não tem o direito de falar assim desse rapaz, tudo bem, ele era seu segurança, mas e dai? Vocês tiveram bons momentos e eu tenho certeza de que isso foi real, então pra que pirar? Candi eu só não voltei pra casa da sua vó depois do jantar com o presidente por que ele me pediu pra ficar, por que ele disse que você sentia a minha falta por que todos aqui só sabem trabalhar, eu me senti a pior mãe do mundo...
- É, ai você ficou e eu te contava sobre ele, dizia que gostava dele, e o que a senhora fazia? Olhava na minha cara e dizia que nós não combinávamos, que era isso, que deviamos ser só amigos, que é por isso que ele não me dava bola, mãe pelo amor de Deus, você sabia que eu estava a fim dele e nem se quer fez alguma coisa. Eu não quero pirar com isso, eu vou sair. - peguei a minha bolsa em cima da cadeira.- E não adianta falar nada por que eu vou sair do mesmo jeito, tchau. - me virei de costas deixando-a falando sozinha.
***
Justin P.O.V
Tentava me acostumar com a claridade da luz da manhã que aquecia o meu rosto me obrigando a abrir os olhos, mas a minhas pálpebras pesavam toneladas e eu sentia que a vida lá fora era tão insuportável que tudo que eu queria era dormir até a lua aparecer novamente. Fitei o teto por alguns segundos e torci o nariz irritado com os últimos acontecimentos. Puta inferno. Por que ela tinha que ter descobrido tudo agora, e desse jeito? Por que, me diz por que? Não faz sentido, não faz sentido nenhum. Estava tudo indo tão bem, apesar de ser difícil, eu estava conseguindo me controlar perto dela, eu estava sendo eu mesmo, porra, eu me apaixonei por cada detalhe daquela garota e isso é uma puta falta de sacanagem. Agora ela me odeia com todas as forças e com razão, eu posso até imaginar as loucuras que ela não deve estar fazendo agora tentando expor a sua raiva, ela sempre a coloca pra fora da forma mais insana que encontra. E tudo por minha culpa, minha culpa. Eu devo ser o pior ser humano do mundo. Eu me sinto culpado e ao mesmo tempo tão idiota por ter me apaixonado por ela. Ela é tão mimada, tão teimosa, tão estérica, tão maluca, tão... tão linda.
Argh. Levantei cambaleando da cama e entrei de baixo do chuveiro deixando com que aquela água quente levasse embora todos os resíduos da noite passada. Sai do banheiro e vesti apenas uma cueca e um short, depois ajeitei o meu cabelo fazendo o topete de sempre e peguei o meu celular que denunciava várias chamadas não atendidas do Chaz, do Ryan e da minha mãe. Eu não estava nem ai para  o mundo lá fora, eu só queria esquecer que existe vida fora desse apartamento. Eu me sinto como um adolescente bobo que acabou de ter o coração partido, ou melhor, acabou de partir o coração da sua garota. Desci a pequena escada até a cozinha e me deparei com ela,  porra, tinha até me esquecido da Spencer. Ela tinha dormido aqui em casa ontem, eu bebi pra caramba e devo ter falado coisas completamente sem nexo. Me lembro de que fizemos um sexo bastante selvagem após ficar bebado como um daqueles caras que ficam viúvos e passam a noite tomando umas no bar ou talvez tão bebado como na minha formatura do Colegial. E lá estava ela vestida apenas com uma das minhas camisetas sociais azuis que deixavam amostra suas belas pernas e metade de sua bunda. Ela sorriu ao me ver e eu devolvi um sorriso completamente sem vida me jogando em uma daquelas cadeiras que eram quase da altura do balcão. Antes que ela pudesse pronunciar alguma palavra o meu celular começou a tocar descontroladamente, acho que foi nesse exato momento que eu realmente acordei. Olhei para a tela sem ânimo algum, "Thomas Mackenzie" dizia na chamada. Rejeitei sem pensar duas vezes mas ele insistiu. Porra precisa me ligar pra dizer que eu estou demitido? Eu já entendi isso, assim como entendi que pela primeira vez na vida eu não vou conseguir terminar uma investigação proposta a mim. E pensar que isso poderia nos levar para o primeiro pavilhão. E pior de tudo, ainda perdi uma garota incrível. Funguei irritado e atendi aquela merda de ligação.
- Fala. - disse ríspido.
- Justin aqui é o Thomas, estou ligando pra falarmos sobre o que aconteceu. - permaneci em silêncio e ele continuou- Espero que você continue trabalhando pra mim.
- O quê? - perguntei incrédulo.- A sua filha me odeia, ela nunca vai me querer ai de novo.
- Que nada. - riu debochado- Minha mulher acha que ela está perdidamente apaixonada por você, pro seu azar Bieber!
- Meu azar? - arqueei as sobrancelhas sem acreditar naquilo.
- Sim. - afirmou- Até por que você deve estar acostumado com mulheres mais maduras do que a encrenca irritante e chata que eu tenho como filha, em todo caso ainda preciso de você para controla-la.
 - Mas Sr. Mackenzie... - tentei me controlar, eu queria xingar aquele desgraçado de tudo quanto é nome.
- Nós temos um contrato de três meses, não é Bieber? - ele falou esperando que a frase soasse cínica e carismática.
- É senhor. - respondi seco.- Depois nos falamos, até mais. - desliguei o celular e bati as mãos na mesa com violência fechando o punho.
Quem ele pensa que é pra falar assim da própria filha?

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Calma ta chegando o capitulo hot e tem mais surpresas, quantos comentarios fiquei feliz :) comentem bjss

sábado, 14 de setembro de 2013

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Capítulo 9 - How could you do this to me?


Justin P.O.V 
Um mês depois.
Era impossível, era impossível controlar essa garota. Ela se debatia em meus braços gritando como uma louca ali no meio da rua, quase caindo de tão bebada. Ela perdeu completamente a noção do perigo. Tem sido assim todos os dias, ela não consegue parar, eu não sei o que aconteceria se eu não estivesse aqui para coloca-la nos eixos toda vez que ela se mete em encrenca. Só que as coisas estão cada vez piores. Só nesse último mês ela foi detida pela polícia por pinxar muro de propriedades privadas com a sua prima maluca e os seus amigos tão malucos quanto as duas, ela quase se jogou de uma ponte dizendo que tinha aprendido a voar, tomou banho de chuva e ficou gripada, foi até um jornal e disse que seu pai dormia de pantufas do bob esponja, eu confesso que ri da última, ele não gostou nenhum pouco disso. Nós nos aproximamos muito durante todo esse tempo mas ela se cansou de mim quando percebeu que eu não ia ceder, que eu não estava a fim, que era mesmo só amizade e ela vive dizendo que não entende por que eu continuo aqui. Talvez eu não continuasse por que sou o segurança dela mas hoje eu olho para dentro de mim e percebo que eu me apaixonei por cada detalhe dessa garota, dos mínimos aos máximos. Ela é completamente perfeita, do jeito dela. Cada dia eu consigo mais provas contra o pai dela, ás vezes passamos horas no escritório dele vendo besteiras e ela nem imagina que está me ajudando a conseguir provas contra ele, e sabe isso doí em mim, doí saber que eu estou usando ela, doí por que ela se tornou importante demais pra mim.
-  ME SOLTA BIEBER, ME SOLTA! - ela gritava se debatendo sem parar. - EU QUERO VOLTAR PRA FESTA, ME SOLTA!
- Para com isso Candi, tá maluca? Você tá completamente bebada. - abri a porta do carro e coloquei ela no banco de trás travando a porta logo depois.
- PARA BIEBER, ABRE A PORTA, EU QUERO DESCER, POR FAVOR! - ela batia na janela sem parar, dei a volta e me sentei no banco de motoristas.- VOCÊ NÃO É MEU PAI, ME DEIXA SAIR, POR FAVOR, EU IMPLORO.
- Esquece Candice, eu não vou deixar você lá se esfregando naqueles marmanjos.
- Por que não? Você mesmo disse que entre nós é só amizade, eu tenho o direito de fazer o que eu quiser. - ela cruzou os braços emburrada. 
- Não complica as coisas, tenta me entender.
- Entender? Eu nunca vou te entender, você não me quer mais continua aqui impatando a minha vida.
- Eu só estou te protegendo. - murmurei calmamente.
- EU NÃO PRECISO DA SUA PROTEÇÃO. - ela tacou seu salto em mim- PARA ESSA MERDA AGORA!
- Para com isso cara, você tá me machucando,não seja infantil.
- Eu vou ser o que eu quiser por que eu tentei ser adulta pra te conquistar mas você nem se quer me notou, eu sou uma burra né? Tem quem queira Bieber, tem quem queira.
- Dá pra parar de agir como se tivesse cinco anos? Você se comporta como uma vadia.
- V-vadia? - ela gaguejou- Já chega, eu odeio você tá? Me leva pra casa e não fala comigo nunca mais.
- Você me disse isso nas últimas vezes mas você sempre me liga, sabe por que? - olhei pra trás rapidamente- Por que você precisa de mim Candi, quando você tá chorando, tá triste, tá no porre, quando seus amigos te abandonam é a mim que você recorre, por que querendo ou não eu te faço bem mesmo que não seja do jeito que você queria.
- Por que é tão difícil pra você gostar de mim? - lágrimas quentes escorriam pelo canto de seus olhos.
- Eu gosto de você. - sussurrei fechando os olhos rapidamente.
- Como mulher Justin, como mulher. - ela enxugou as lágrimas mas elas não paravam de surgir- Porra eu fiz de tudo pra estar a sua altura, eu até tentei ser normal mas você não percebe, parece que toda vez que olha pra mim vê a sua irmãzinha mais nova, eu me esforço, eu faço de tudo e você simplesmente não nota.
- Você só tem 17 anos. - disse me segurando para não parar aquele carro abraçar ela, beijar ela e dizer que ela tem tudo que eu sempre quis em uma mulher, que ela é perfeita, que ela é linda, que eu sinto atração por cada fio de cabelo dela e que ela seria a garota perfeita pra mim.
- Tudo bem, não vou mais tentar ser alguém pra você. - ela se deitou apoiando a cabeça nas costas da mão.- Mas eu amo você Bieber... - ela fechou os olhos- amo você Bieber.
Droga, é horrível ver ela desse jeito, tem sido assim durante esse último mês inteiro e ás vezes eu acho que a culpa é minha por ela fazer metade das  loucuras que ela faz. Mas no fim ela sempre se arrepende, sempre chora e me liga, e eu, eu sempre estou lá pra proteger ela. Pra não deixar com que as coisas fiquem realmente ruins. E quando eu a abraço eu sei que ela se sente no Paraíso, por que não existe ninguém no mundo que a ame mais do que eu. Independente do que aconteça eu sempre irei estar por perto, sempre vou fazer o que é melhor pra ela. Sempre.
***
- Senhor Bieber a Candice já está esperando você na piscina. - murmurou Zoe assim que sai do banheiro com a minha sunga box amarela.
- Já falei pra parar de me chamar de Senhor, sinto como se eu tivesse oitenta anos.- ela riu me entregando o violão que estava em suas mãos- Por que ela não toca mais?
- Não sei, ela perdeu a paixão pela música depois que começou essa fase Rebelde.
Tirei o violão de dentro de sua capa e arranquei algumas notas, ele estava desafinado mas eu consegui afina-lo em apenas alguns minutos. Eu amava música, era uma das minhas paixões mais antigas assim como basquete e hoquéi. Fala serio, essas três coisas são as melhores do mundo. Eu aprendi a tocar mais de quatro instrumentos ainda muito cedo. Eu amo tocar e canta, amo compor músicas, são coisas que eu guardo só pra mim mas que eu queria fazer com a Candice naquela dia. Ela adora tomar banho de piscina só pra ficar se amostrando naquele biquini sexy dela. Porra, tá difícil de resistir. Quando cheguei na piscina ela estava tomando sol em uma daquelas cadeiras grandes com um chapeu na cabeça e havia um Milk Shake em uma mesinha do lado. Af velho, por que ela faz isso? Seu corpo era tão sexy e ainda com aquela marquinha, porra, é demais pra mim. Ela tirou os óculos dos olhos e sorriu pra mim assim que me viu se aproximar.
- Violão? - perguntou sorridente- Você toca?
- Que isso Candi, já se esqueceu de como é o seu violão? - me sentei em uma cadeira sem me deitar, de frente pra ela.
- É o meu? - ela se sentou e pegou o violão das minhas mãos.- Uau, faz tanto tempo que não pego nele.
- Sim, eu vou tocar uma música pra você hoje tá? - ri pelo nariz pegando o violão de volta.
- Pra mim? - ela sorria lindamente-  Que música?
- De uma cantora que você gosta muito, tem cara de patricinha, sua cara mesmo. - ajeitei o violão em minhas mãos me preparando para cantar.
- Ai meu Deus! - ela apoiou seu cotovelo em suas pernas e seu queixo nas mãos e ficou me observando com um sorriso nos lábios.
- I remember what you wore in our first day , you came into my life and I thought hey, you know, this could be something. - ela arregalou os olhos chocada, mas aquele sorriso no rosto dela, aquele sorriso era a coisa mais linda e perfeita do mundo- Cause everything you do and words you say, you know that it all takes my breath away and now I'm left with nothing.
- So maybe it's true that I can't live without you and maybe two is better than one... - ela me acompanhou se divertindo.
- There's so much time to figure out the rest of my life and you've already got me coming undone and I'm thinking two is better than one...
- Uau, sua voz é linda Justin. - ela pulou no meu colo antes que eu pudesse continuar a cantar.- Obrigada por cantar, eu entendi que você me ama loucamente.
- Ah sua convencida. - ri envolvendo meu braço em sua cintura e colocando o violão de lado.- É a minha música preferida da Taylor.
- Mas nem é dela, na verdade ela só fez uma participação na música, mas é do Boys Like Girls.
- Não interessa, ela canta e pronto. - falei rindo.- E você , qual é a sua preferida?
- Quer mesmo saber? - ela passou a mão pelo meu pescoço- Já ouviu Knew You Were Trouble?
- Sim, já ouvi. - ri pelo nariz.- Você gosta é?
- Sim, me lembra você.
- Por que?
- Por que eu sabia que você era encrenca e mesmo assim me apaixonei por você.- abaixei o olhar completamente sem jeito, essa garota adora me deixar sem graça e eu nunca tenho o que dizer, por que eu fujo, fujo o máximo que posso mas ela insiste em me conquistar cada vez mais- Vamos tomar banho de uma vez? - ela saiu de cima do meu colo.- Parece que a água está ótima.
- I remember every look upon your face , the way you roll your eyes, the way you taste, you make it hard for breathing. 'Cause when I close my eyes and drift away, i think of you and everything's ok. I'm finally now believing... - terminei de cantar a música observando ela pular na piscina nadando de um jeito completamente sexy e perfeito. Puta que pariu por que ela tem que ser tão perfeita?
- Você não vem? - ela perguntou rindo enquanto tacava água em mim - Justin, Justin? Tá ai? - ela ria descontroladamente- Ei, minha beleza é tão radiante assim que não consegue parar de olhar? - permaneci vidrado nos olhos dela, já disse que eles são hipnotizantes? - Se você não pular agora mesmo eu vou tirar o meu biquíni!
- Espera, calma, eu já tô indo! - exclamei me levantando e ela riu nadando até a beira da piscina. Sabia que era teria coragem de fazer aquilo, ela é a Candice Mckenzie.
- Me ajuda a subir? - ela estendeu a mão.- Vamos pular juntos.
- No três? - falei pegando na mão dela.
- No três. - ela assentiu apertando minha mão com força.
Nós contamos até três e pulamos juntos, foi bem divertido, ela tentou me afogar várias vezes sem sucesso, teve guerrinha de água e tudo o mais, sem parar de rir um segundo, nós estamos sempre rindo, é incrível. Ficamos uma hora mais ou menos e depois fomos pra dentro batendo queixo de tanto frio. Subimos pro quarto dela e ela foi trocar de roupa no closet enquanto eu vestia a minha calça no quarto dela. Meu cabelo estava molhado e bagunçado. Ela voltou vestida em um short curto e uma blusinha, estava linda, aliás quando ela não está linda?
- Justin vamos pular em cima da cama? - ela pediu subindo em cima da mesma.
- Quê? - ri fechando o zíper.- Tá maluca?
- Não, vem logo, vamos pular em cima da cama. - ela puxou meu braço.
- Sua louca, louca. - nós começamos a pular em cima da cama dela sem parar, até que era divertido, era um box de molas. Mas as coisas deixaram de ser divertidas quando ouvimos um estralo, é a cama quebrou.
- Isso foi demais. - ela ria sem parar mas eu não conseguia rir daquilo, foi loucura.
- Maluca, seu pai vai brigar com a gente.
- Tô nem ai, o Collin já transou na minha cama com a minha prima e ele não fez nada
- Nossa, você já me contou essa história mil vezes. - ri me sentando no 'resto' que sobrou da pobre cama.
- É que eu odeio lembrar disso por isso lembro toda hora. - ela se sentou encostando sua cabeça em meu peitoral.- Sua cama também é box.
- Sim, e você quase quebrou ela aquele dia, sua doida. - reclamei começando a afagar seus cabelos.
- Foi sem querer, é que tenho mania de pular na cama, sabe fazer qualquer coisa, ficar quieta me dá agonia, entende?
- Entendo, entendo perfeitamente. - eu fitava seu rosto enquanto ela olhava para algum canto daquele quarto.- Hoje seus olhos estão mais azuis.
- Como assim?
- Não sei, estão mais lindos que o costume.
- Obrigada Bieber. - ela riu .- Agora me diz, essa cueca amarela foi pra me seduzir foi ? - ela olhou a box molhada jogada no chão.
- Se for assim eu aposto que queria me torturar com aquele biquini roxo. - ela riu e pegou as roupas molhadas no chão jogando-as no sexto de roupas sujas- Missão cumprida.
- Sou muito gostosa né? Pena que sou muito pouco pra você. - ela veio até a cama e me puxou pelo braço, ela me deixa sem graça e depois muda de assunto, ela vive jogando isso na minha cara, ás vezes acho que sou gay, não é normal eu estar completamente louco por ela e simplesmente não fazer nada em relação a isso.- Vamos lanchar, vem...
- Panquecas? - mordi os lábios.
- Sim, a Zoe já deve ter feito, ai que delicia.
Nós pulamos da escada, sim somos malucos a esse ponto. Quando chegamos no andar de baixo passamos em frente ao escritório do pai dela, ele acenou pra mim indicando que queria falar comigo, mas a Candi nem percebeu, continou me puxando pra cozinha dizendo algumas coisas que eu não entendia por que ela é tagarela e fala muito rápido. As panquecas estavam prontas e cheiravam pra caramba, nossa, são as melhores do mundo, com certeza.
- Zoe tem suco de laranja?
- Eu quero coca. - pedi já comendo uma panqueca.
- É, pode ser coca. - disse Candi pegando um guarnapo no armário.
- Linda eu vou no banheiro rapidinho e já volto enquanto você arruma ai tá? - falei beijando a bochecha dela.
- Tá, vai logo, não quero ver você fazendo suas necessidades aqui .
Sorri do que ela tinha dito e sai para o escritório do pai dela. É, eu ia ver o que ele queria comigo. Abri a porta e entrei, ele pediu que eu fechasse e assim eu fiz. Ele tinha  um semblante preocupado no rosto mas parecia não ter nada haver comigo. Problemas nos negócios, talvez. Me sentei na cadeira de frente pra ele que estava do outro lado da mesa em sua poltrona de couro que parecia ser ouro de tão linda.
- O Senhor me chamou? - arqueei a sobrancelha.
- Sim, queria te agradecer por tudo.
 - Bom... acho que não precisa me agradecer por nada.
- Tô falando serio, a Candie melhorou pra caramba, certo, ela continua fazendo travessuras mas vai por mim ela melhorou muito.
- Nossa, ela era pior? - ri pelo nariz- Não, serio, eu adoro ela, não precisa agradecer, eu gosto de passar o tempo com ela, sua filha é incrível Thomas.
- Não diga uma coisa dessas Justin. - ele disse estúpidamente- Posso acabar acreditando.
- Mas é a verdade, não discorde por favor. - pedi ríspido.
- Bom, era isso, sabe Justin, você é o melhor segurança que já contratei para proteger a minha filha, parabéns. - ele apertou minha mão sorridente. - Candice? - ele arregalou os olhos olhando para a porta do escritório e seu sorriso se desfez imediatamente.- Você estava ai filha?
Olhei pra trás e ela estava parada nos olhando sem vida. Ela não chorava, não ria, não gritava, ela não demonstrava emoção alguma. Apenas nos olhava incrédula com o que tinha acabado de ouvir. Seu rosto estava branco, seus lábios aos poucos tornavam-se em um tom roxo. Ela fechou as mãos em um punho apertando forte e saiu correndo assim que percebeu que eu estava indo em sua direção.
Merda, merda, merda. Ela não podia ter descoberto, não desse jeito.

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ela descobriu e agora?? desculpe a demora é que eu não tava entrando aqui, QUEM TA ASSISTINDO REBELDE? eu to haha, comentem bjsss